Linha de Alta Velocidade Porto - Lisboa
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  • Linha de Alta Velocidade Porto - Lisboa
Localização
Porto, Vila Nova de Gaia, Espinho, Ovar, Santa Maria da Feira, Oliveira de Azeméis, Estarreja, Albergaria-a-Velha, Aveiro, Oliveira do Bairro, Anadia, Mealhada, Cantanhede, Coimbra, Condeixa-a-Nova, Soure, Pombal, Leiria, Marinha Grande, Batalha, Porto de Mós, Alcobaça, Caldas da Rainha, Rio Maior, Cadaval, Azambuja, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Vila Franca de Xira, Loures e Lisboa.
Extensão
A nova Linha de Alta Velocidade entre as Estações de Porto-Campanhã e Lisboa-Oriente terá uma extensão de aproximadamente 290 km.

Âmbito da Intervenção

Será construída uma nova Linha de Alta Velocidade (AV), em via dupla, entre as cidades do Porto e de Lisboa. A nova linha irá assegurar um tempo de viagem direto entre as duas cidades de 1 hora e 15 minutos e um aumento bastante significativo da capacidade ferroviária neste eixo.

A Linha AV, a ser construída em bitola ibérica (1668 mm), contempla múltiplas ligações à rede ferroviária convencional, incluindo às atuais estações de Aveiro, Coimbra e Leiria, onde serão disponibilizados os serviços AV. A cidade de Vila Nova de Gaia será servida, através de uma nova estação a ser construída na zona de Santo Ovídeo.

Os comboios que irão circular na nova linha – os futuros de AV e os atuais de longo curso– vão poder circular nos novos troços e nos atuais e, dessa forma, servir uma multiplicidade de destinos localizados fora da área de implementação do projeto, com benefícios bastante significativos e alargados ao nível da redução dos tempos de percurso e da qualidade da oferta.

A nova linha será desenvolvida de faseadamente, a partir do Porto, o que permite antecipar os benefícios do projeto e assegurar um nível de investimento ajustado à capacidade financeira do país e à disponibilidade de financiamento comunitário.

Está previsto que o troço entre Porto-Campanhã e Soure, correspondente à Fase 1 do projeto, esteja concluído até 2028. A conclusão da Fase 2 do projeto, entre Soure e o Carregado, está prevista para o final de 2030. O desenvolvimento da Fase 3, entre o Carregado e a Estação de Lisboa-Oriente, está prevista para depois de 2030.

A implementação da nova Linha AV contempla a construção de uma nova travessia ferroviária sobre o rio Douro, entre o Porto e Vila Nova de Gaia, a executar durante a Fase 1.

Associados à nova Linha de Alta Velocidade estão alguns projetos ferroviários complementares que suportam o modelo de exploração proposto. Estes projetos incluem a quadruplicação da Linha do Norte entre Alverca e Azambuja e entre Taveiro e Coimbra B, a modernização da mesma linha entre Braço de Prata e Sacavém, a duplicação da Linha do Oeste nas proximidades da Estação de Leiria, a adaptação das atuais estações de Porto-Campanhã, Aveiro, Coimbra B, Leiria e Lisboa-Oriente à operação AV e a construção do Terminal Técnico do Oriente, a localizar em Braço de Prata.

Benefícios

O projeto da nova Linha de Alta Velocidade Porto-Lisboa irá permitir alcançar os seguintes benefícios:

  • Salto qualitativo disruptivo no serviço ferroviário nacional;
  • Aumento generalizado da capacidade ferroviária;
  • Libertação de capacidade na Linha do Norte, beneficiando os serviços suburbanos, regionais e de mercadorias;
  • Aumento da fiabilidade da exploração ferroviária;
  • Acessibilidade e conetividade alargada;
  • Redução generalizada dos tempos de percurso ferroviários;
  • Redução da distância-tempo por via terrestre num âmbito geográfico bastante alargado;
  • Aumento da competitividade do sistema ferroviário;
  • Transferência modal dos modos aéreo e rodoviário para o ferroviário, contribuindo para uma distribuição modal mais equilibrada e sustentável;
  • Descarbonização do setor dos transportes;
  • Contributo para o cumprimento das metas, nacionais e europeias, definidas no âmbito das alterações climáticas;
  • Desenvolvimento de novas centralidades e novas formas de organização territorial;
  • Aproximação dos principais centros de concentração demográfica, económicos, científicos e tecnológicos;
  • Redução da sinistralidade e do congestionamento rodoviários;
  • Resiliência do sistema ferroviário.