A modernização da infraestrutura ferroviária e em particular a sua eletrificação contribui de forma significativa para a redução das emissões de CO2 associadas ao material circulante.
A IP tem em curso um vasto conjunto de investimentos previstos no PETI 3+ e Ferrovia 2020 que permitirão aumentar a extensão da sua rede ferroviária eletrificada até 83 % da sua rede total.
Estes investimentos permitirão substituir o material circulante com tração a diesel por tração elétrica, bem como captar tráfego de mercadorias e passageiros por transferência modal de transporte, estimando-se uma redução anual de 161 ktCO2eq.
A extensão da eletrificação da rede ferroviária permitirá ainda potenciar os sistemas de frenagem regenerativa de energia do material circulante, que representam cerca de 10% da energia consumida.
Estamos cientes que no futuro coexistirão cada vez mais modelos híbridos de sistemas de transportes, adaptados aos modelos e necessidades de cada região.
A IP participa ainda no estudo e desenvolvimento de outras soluções inovadoras que visarão a utilização de outras fontes energéticas, equipamentos e sistemas que conduzam a uma redução de consumos energéticos e de emissões.
A IP está ciente que o futuro da rodovia assentará em grande medida na mobilidade elétrica de veículos, que permitirá uma redução significativa das emissões de CO2.
Estamos empenhados com os nossos stakeholders para a disseminação de postos de carregamento elétrico pela rede nacional, integrados na rede MOBI-e.Pela natureza da nossa missão enquanto empresa gestora de infraestruturas, estamos gradualmente a incorporar veículos elétricos na nossa frota automóvel.
A IP participa ainda no estudo e desenvolvimento de novos pavimentos rodoviários e sistemas inteligentes de gestão de tráfego, que conduzam a uma redução das emissões.
Sistema de Mobilidade do Mondego
Neste âmbito a IP desenvolveu um projeto de adaptação da infraestrutura ferroviária existente no troço urbano do ramal da Lousã, Coimbra, de forma a possibilitar a criação de um serviço de transporte em autocarros de alta capacidade em canal próprio, tipo Bus Rapid Transit (BRT) denominado Metrobus do Mondego.
Este projeto desenvolver-se-á num troço suburbano com 30 km de extensão e um troço urbano de 12 km de extensão.
O Metrobus será movido a 100% por energia elétrica, através de baterias instaladas nos veículos, o que permitirá reduzir as suas emissões de CO2, bem como as emissões evitadas pelo efeito da procura induzida e de transferência modal.
O projeto Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), a implementar pela Infraestruturas de Portugal, S.A. e pela Metro Mondego, S.A., consiste na implementação de um sistema de mobilidade tipo BRT denominado “MetroBus” com tração elétrica (a baterias) no antigo ramal ferroviário da Lousã e na área urbana de Coimbra, ligando Serpins, Lousã e Miranda do Corvo a Coimbra (servindo a estação de Coimbra B e o eixo central da cidade entre a beira rio e a zona dos hospitais da cidade).
Estão assim previstas adaptações do antigo canal ferroviário e do espaço público dentro da malha urbana da cidade de Coimbra de forma a responder aos requisitos técnicos e específicos para uma solução de MetroBus com canal e paragens dedicadas, dotadas de sistemas de informação ao público e máquinas automáticas de bilhética, gestão de tráfego para priorização do MetroBus e sistemas de apoio à condução e à exploração para otimização do seu funcionamento.
O SMM tem como principal objetivo promover a mobilidade sustentável, através da implementação de um serviço de mobilidade atrativo e competitivo, operado por autocarros elétricos, conduzindo à transferência modal para um modo de transporte energeticamente mais eficiente e com menores emissões, alinhando-se, desse modo, com os objetivos de descarbonização do setor dos transportes.
Os investimentos a cargo da IP integram a candidatura aprovada pelo POSEUR, com a designação “Sistema de Mobilidade do Mondego – Aplicação de um Sistema Metrobus”, referente à qual se prevê um financiamento de fundo de coesão com uma taxa de 67,23%.
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