O ruído constitui um dos maiores desafios para a IP, na medida em que cabe ao setor dos transportes a internalização do impacto e consequente custo de minimização.
A IP tem vindo a desenvolver um conjunto de ações relativas ao ambiente sonoro as quais, abrangendo vários domínios, têm um objetivo comum: reduzir ou, quando possível, evitar o ruído ambiente na envolvente das infraestruturas de transporte sob sua gestão.
Quer a nível nacional quer da União Europeia a IP, enquanto concessionária da maior parte da rede rodoviária e ferroviária nacional tem responsabilidades e compromissos inegáveis que derivam do cumprimento da legislação do ruído e que se interligam com os instrumentos de gestão territorial.
A gestão das atividades ruidosas é um desafio que envolve todas as fases do ciclo de vida da gestão da infraestrutura de modo a convergir para o cumprimento da legislação em vigor.
A adoção de medidas de minimização para a redução do ruído são frequentemente a solução, e passam principalmente pela redução na fonte (pavimentos com características de redução sonora, modernização de linhas de caminho-de-ferro e do material circulante) e, uma vez esgotadas estas soluções, através da adoção de medidas no meio de propagação, tais como implementação de barreiras acústicas.
A atuação da IP revela que os investimentos têm sido efetuados de forma progressiva privilegiando o momento em que se fazem investimentos relevantes de modernização das vias, sobretudo quando ocorrem intervenções que aumentam a capacidade de transporte
As práticas instituídas na empresa procuram, quer na fase de obra quer de operação/manutenção, reduzir a incomodidade das populações causada pelo ruído e eliminar, sempre que possível, as situações de conflito acústico geradas pela circulação de tráfego e pelos trabalhos de manutenção da infraestrutura, face aos condicionalismos inerentes às atividades.
Assim, desde a sua fase inicial os projetos de infraestruturas rodoviárias e ferroviárias são acompanhados por Estudos de Impacte Ambiental, numa ótica de prevenção, tendo em vista a preservação do ambiente acústico existente.
Quando tal não é possível, os impactes no ambiente sonoro são minimizados através da adoção de medidas de redução de ruído de que são exemplo, na rodovia, o uso de pavimentos mais silenciosos, na ferrovia, a substituição de barra curta pela barra longa soldada, a renovação integral de via, a esmerilagem preventiva (inserir medidas ferrovia) e a instalação de barreiras acústicas, quer na rodovia, quer na ferrovia.
A construção de uma nova via constitui, além disso, muitas vezes uma oportunidade para se proceder à requalificação do território melhorando a qualidade de vida das populações locais e promovendo a aceitação do projeto.
O controlo de ruído nos eixos rodoviários e ferroviários com maior intensidade de tráfego tem seguido a metodologia de elaboração de Mapas Estratégicos de Ruído (MER) para todas as Grandes Infraestruturas de Transporte Rodoviário e Ferroviário sob gestão da IP.
Os MER são usados como referência para os Planos de Ação (PA), os quais propõem as medidas necessárias para reduzir o ruído ambiente tendo em vista o cumprimento dos valores limite fixados pela legislação.
Consulte mais informação sobre os Planos de Ação de Ruído:
Esta abordagem tem como objetivo reduzir a população exposta a níveis elevados de ruído ambiente, estando em linha com a diretiva europeia relativa à avaliação e gestão do ruído ambiente.
Não esquecer, no entanto que a situação existente encerra desafios a vários níveis, exigindo uma convergência de esforços de diferentes agentes, entre os quais, das entidades com responsabilidades específicas no ordenamento do território.