Reabilitada a Antiga Estação de Passageiros de Aveiro

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  • Reabilitada a Antiga Estação de Passageiros de Aveiro
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Realizou-se no dia 1 de julho a inauguração da antiga Estação de Passageiros de Aveiro, após concluídos os trabalhos de reabilitação. Um edifício com 105 anos de história e que reabre as portas à população e aos visitantes da região, disponibilizando diversas salas multifunções para exposições, reuniões de empresas e ainda um espaço para atividades culturais.

Presentes no evento estiveram o presidente da Câmara Municipal de Aveiro, Ribau Esteves, o presidente da Infraestruturas de Portugal (IP), António Laranjo e o vice-presidente da IP, Carlos Fernandes, tendo sido destacada a importância deste investimento para a região enquanto marca identitária de promoção cultural e turística.

Mantendo o nome com o qual foi inaugurada em 1864 – Estação – o edifício ergue-se com uma fachada de notáveis painéis de azulejos azuis e brancos, da Fábrica Fonte Nova, da autoria de Francisco Pereira e Licínio Pinto, colocados em 1916, e que durante a reabilitação foram restaurados na sua totalidade, resultado de um projeto do arquiteto João Mendes Ribeiro.

Na cerimónia, António Laranjo reconheceu “a importância deste projeto de requalificação que irá transformar o edifício num espaço de divulgação de informação da Cidade, do Município e da Região, com um enquadramento museológico e polivalente, que se enquadra perfeitamente na visão que a IP tem para a reutilização do património ferroviário”.

Para o responsável máximo da IP, “a recuperação e valorização de infraestruturas e equipamentos que se encontram desativados, representa um aumento da qualidade de vida, e pretende servir de suporte ao crescimento económico das regiões, atraindo visitantes, salvaguardando o património e promovendo a cultura, através do envolvimento da comunidade”, elogiando “a partilha de objetivos da atividade da IP na área do património e da Câmara de Aveiro”.

Para além de preservar o passado, o património e as suas memórias, o responsável salientou que a IP “está a pensar no presente e a programar o futuro”, dando nota de que a atual Estação de Aveiro “é um ponto central na Rede Ferroviária Nacional, onde circulam diariamente 122 comboios na Linha do Norte e 22 comboios na Linha do Vouga, em direção a mais de 100 destinos diretos, a partir da cidade de Aveiro”.

Destaque para o facto desta Estação, congregando os dois edifícios de passageiros, ter sido distinguida em 2014 pelo sítio de viagens e turismo Tripadvisor, com o Certificado de Excelência, estando incluída na lista de atrações da cidade de Aveiro – Prédios arquitetónicos.

António Laranjo explicou que “a importância da Estação será ainda maior com a construção das Linhas de alta velocidade, entre o Porto e Lisboa e com a ligação de Aveiro a Mangualde, que ficarão igualmente ligadas à atual estação ferroviária de Aveiro”, dando nota de que “uma viagem de Aveiro ao Porto, a Lisboa, a Vigo ou ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro poderá ser feita em menos de metade do tempo atual”. 

“A nova ligação a Viseu irá permitir viajar em apenas meia hora entre as duas cidades. Para outros destinos como a Guarda, Covilhã e Castelo Branco, será também muito significativa a redução dos tempos de viagem”, concluiu.

Para o presidente da Câmara de Aveiro, Ribau Esteves, “este é momento muito simples e sentido”, destacando que se trata “do início da vida nova de um dos edifícios mais marcantes da urbanidade da cidade, sempre numa relação direta com a Avenida do Dr. Lourenço Peixinho”, recordando que o motivo que esteve na génese da construção desta artéria foi “a existência da estação dos caminhos-de-ferro”.

A antiga estação é propriedade da IP, estando entregue ao município em regime de comodato durante 50 anos.

 


Marcas do Território para os Visitantes


 

Aos visitantes serão desde já apresentadas três marcas do território, os ovos-moles, sal e vinhos e espumantes da Bairrada: “a Associação de Produtores de Ovos Moles de Aveiro (APOMA) ficará como gestora da venda dos ovos-moles, e a Associação Rota da Bairrada, que gerirá a parte dos vinhos e dos espumantes”. Enquanto não tivermos uma associação representativa da produção e do comércio do sal, será a própria câmara municipal, olhando ao facto de ser dona e gestora do Ecomuseu Marinha da Troncalhada, quem irá gerir a parte do sal”, explicou Ribau Esteves.

No sábado, dia 3 de julho, é inaugurada a exposição sobre a avenida Lourenço Peixinho, a pretexto das obras atualmente em curso na histórica artéria citadina.