A ‘II Innovation Lab Talks’, sessão de discussão e investigação sobre os desafios futuros da Logística, realizou-se no dia 5 de dezembro, na emblemática Sala do Rei, na Estação Ferroviária do Rossio, em Lisboa.

Organizado pela Advanced Products Portugal, em parceria com a Infraestruturas de Portugal, e com o apoio da  Supply Chain Magazine e do Instituto Superior Técnico, o debate centrou-se à volta dos grandes desafios logísticos em grandes centros urbanos, tanto à entrada como dentro dos mesmos.

Apesar de as cidades portuguesas não se encaixarem na definição de megacidades - centros urbanos com mais de 10 milhões de habitantes, muitos dos desafios logísticos que as principais cidades portuguesas já enfrentam são semelhantes: movimentar diariamente milhares de pessoas e bens de forma eficaz é um exercício complexo, em termos financeiros e de sustentabilidade.

Segundo dados de 2018 da Organização das Nações Unidas, 55% da população mundial vive atualmente em áreas urbanas, uma percentagem que é expetável aumentar para 68% em 2050. Estima-se que em 2030 existam cerca de 43 megacidades (mais de 10 milhões de habitantes).

Apesar de não ser provável que em Portugal alguma cidade venha a ter este número de habitantes, muitos dos desafios logísticos que as principais cidades portuguesas enfrentam são idênticos.

João Silva, Diretor do Departamento de Exploração de Terminais da IP participou no painel “O Desafio Logístico à entrada da Mega Cidade’, tendo realçado a importância do planeamento das infraestruturas logísticas de forma integrada, assim como o papel determinante da IP enquanto gestora de mobilidade multimodal.

A discussão contou com a participação de representantes de diferentes áreas de influência da logística, como a Câmara Municipal de Lisboa, a Academia Militar, o Instituto Superior Técnico, a Siemens Mobility, o Grupo Auchan, o Health Cluster Portugal, o Hospitalar do Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa, a Purever Industries, a DPD Portugal e a Delivery Express, entre outros.

O futuro da Logística passa por encontrar soluções para desafios crescentes que têm de ser enfrentados pelas Organizações, seja no transporte dos bens para os centros urbanos, seja dentro dos seus próprios limites territoriais.