É necessário “incentivar ainda mais ao uso do transporte coletivo, porque é o que influencia verdadeiramente o futuro do país” e sendo o setor dos transportes um dos setores que contribui para o aumento das emissões de gases com efeito de estufa (GEE), a solução passa também pela ferrovia."
Nos dias 26 e 27 de janeiro realizou-se a IV Edição da Energy and Climate Summit, sob o tema da Mobilidade e Transporte Ferroviário.
O Secretário de Estado das Infraestruturas, Frederico Francisco, abriu a Conferência e, em representação da IP, marcaram presença Carlos Fernandes, Vice-Presidente do Conselho de Administração, no painel “A Ferrovia na Coesão Territorial e no Desenvolvimento Económico”, e José Santinho Faísca, Diretor de Engenharia e Ambiente, no painel “A Intermodalidade: Como ir de Ponto A ao Ponto B”.
Participaram, ainda, especialistas de vários países que apresentaram os contributos do ensino e da ciência na geração de soluções para a crise climática.
Carlos Fernandes, salientou a importância da ferrovia referindo que a IP tem “contratos de empreitada em obra no valor 1.200 milhões de euros. Estamos de facto levar o país ao limite em termos dos recursos, mas a grande diferença face aos outros grandes planos de investimento é que há continuidade”. Defendeu também que é necessário “incentivar ainda mais ao uso do transporte coletivo, porque é o que influencia verdadeiramente o futuro do país” e sendo o setor dos transportes um dos setores que contribui para o aumento das emissões de gases com efeito de estufa (GEE), a solução passa também pela ferrovia - “devemos apostar em novas soluções, nomeadamente no hidrogénio, mas em primeiro lugar e se queremos atingir as metas com as quais nos comprometemos temos de apostar na tecnologia que já existe e que já dá resposta às metas, como seja a eletrificação da Rede Ferroviária Nacional”.
A IP destacou também a Intermodalidade, através da implementação de novas tecnologias, como a inteligência artificial que permitirá modernizar um sistema baseado em elementos físicos como barreiras e sinais, contribuindo para a articulação entre os diversos modos de transporte, reduzindo distâncias, tempos de percurso e custos associados à manutenção/operação, potenciando a segurança e permitindo caminhar no sentido da descarbonização.
Para José Faísca "A comunicação entre veículos, entre estes e a infraestrutura, bem como, entre os vários modos de transporte, vai permitir a definição de um plano de viagem com ajustes em tempo real garantindo uma mobilidade inteligente, eficaz, limpa e segura. As infraestruturas pesadas como a ferrovia não podem ser planeadas e dimensionadas isoladamente, mas pensadas tendo em conta a articulação com outras alternativas de transporte, algumas mais económicas, nunca descurando o objetivo de garantir a intermodalidade do Ponto A ao Ponto B, de forma eficiente e ambientalmente sustentável.", realçando ainda o Plano de Modernização da Rede Ferroviária em Portugal como "pilar na implementação de formas sustentáveis de mobilidade."
O evento, realizado no Auditório da CCDR Alentejo, em Évora, faz parte de um conjunto de cinco Conferências internacionais, denominadas Energy and Climate Summit, organizadas pelo Projeto GUARDIÕES com o objetivo de trazer a Portugal o conhecimento da ciência, os melhores exemplos e as melhores práticas no combate às alterações climáticas.
Reveja de seguida a participação da IP no evento:
