De Lisboa ao Porto com o Train Summit

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  • Train Summit - Carlos Fernandes, vice-presidente da IP na sua intervenção
  • Partida do comboio de Santa Apolónia
  • Train Summit - Ministro Pedro Nuno Santos
  • Oradores da sessão
  • Participantes no Train Summit

Uma iniciativa que promoveu o debate e a partilha de ideias relacionadas com o Green Deal, a descarbonização e o papel do transporte ferroviário nos objetivos ambientais que Portugal tem de alcançar.

No âmbito da comemoração do Ano Europeu do Transporte Ferroviário, e com o objetivo de sensibilizar para a importância da ferrovia na economia, na sociedade e no ambiente, os principais stakeholders do panorama ferroviário nacional – Infraestruturas de Portugal (IP), CP - Comboios de Portugal, Fertagus, Takargo e Medway – organizaram o Train Summit que partiu de Santa Apolónia, às 9h30, rumo à Estação Porto Campanhã. 
 
Tratou-se de uma conferência realizada numa viagem entre Lisboa e Porto que promoveu o debate e a partilha de ideias relacionadas com o Green Deal, a descarbonização e o papel do transporte ferroviário nos objetivos ambientais que Portugal tem que alcançar.

A iniciativa contou, entre outros, com a presença do Ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, do Secretário de Estado da Mobilidade, Eduardo Pinheiro, do vice-presidente da IP, Carlos Fernandes, do vice-presidente da CP, Pedro Moreira, do presidente da Medway, Carlos Vasconcelos, do presidente da Takargo, Miguel Lisboa, e da presidente da Fertagus, Ana Cristina Dourado.
 


“O transporte ferroviário combina uma eficiência energética imbatível”


Durante a viagem, na sua intervenção, o Ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, destacou a importância de se conseguir dar uma “resposta às alterações climáticas”, considerando que este é, provavelmente, “o maior desafio que a humanidade alguma vez enfrentou”.

O responsável governativo deu a conhecer que “o setor dos transportes representa 25% das emissões diretas de gases com efeitos de estufa, sendo um setor onde se joga uma grande parte do esforço que é necessário fazer”, disse.

Pedro Nuno Santos disse ainda que “o transporte ferroviário combina uma eficiência energética imbatível com o facto de estar eletrificado numa maior escala do que qualquer outro modo de transporte”, deixando uma garantia: “se estamos convencidos de que a transferência modal para a ferrovia é uma das chaves para a sustentabilidade do setor dos transportes, então a fasquia terá de ser colocada bem mais alta. Isto só se conseguirá fazer com um investimento maciço, desde logo, investimento público. Na ferrovia, em particular, na infraestrutura, é inevitável que o seja. Os montantes envolvidos, os prazos de retorno e o facto da maioria dos benefícios serem externalidades faz com que o setor privado tenha dificuldade em assumir o investimento. Mas é um investimento que traz, invariavelmente, enormes benefícios para toda a sociedade, em redução de emissões, poupança de tempo, redução de vítimas de acidentes e em redução dos custos de transporte”, finalizou.
 


“Um dos grandes desafios é a promoção de meios de transportes mais sustentáveis”


O vice-presidente da IP, Carlos Fernandes, começou por referir que “um dos grandes desafios é a promoção de meios de transportes mais sustentáveis, estando o transporte ferroviário no centro desse aumento de sustentabilidade que se pretende”, dando nota de que “nenhuma entidade por si só consegue sozinha responder a esses desafios, estando a IP a trabalhar com todos os parceiros para encontrar melhores soluções para responder aos problemas que se colocam”.

O responsável da empresa destacou também alguns dos “projetos de investigação que a empresa tem vindo a desenvolver com o contributo de parceiros externos como Universidades e Centros de Investigação”, dos quais três foram destacados pela sua importância – Safeway, FCH2Rail e Ferrovia 4.0.

Carlos Fernandes relembrou ainda “o trabalho que tem sido desenvolvido na melhoria de infraestruturas nos últimos anos”, relembrando que “a IP continua a trabalhar para que os principais eixos ferroviários portugueses, quer nacionais, quer de ligação a Espanha, permitam a circulação de comboios com 750 metros”, um fator que para o responsável é extremamente importante para o “aumento da competitividade do transporte ferroviário”, concluiu.