Rotas dos Azulejos - Travessia Ferroviária Norte-Sul
Sobre a obra escultórica da sua autoria patente na estação de Sete Rios diz José Aurélio : “É uma peça muito simples na sua simbologia: evoca os sete rios que são a referência toponímica da zona e por sua vez representa simbolicamente o ciclo da vida, porque está assente num tronco com a representação da água lá em cima, que cai e volta a subir. (…) Esta peça é provavelmente a obra que melhor resolvi tecnicamente. É uma peça de grande simplicidade e, ao mesmo tempo, complexa nas questões da engenharia, porque tem 30 metros de altura e está sujeita a ventos, o que a obriga a uma grande resistência para poder aguentar o peso.” Entrevista a José Aurélio por Francisco Vaz Fernandes , in “Sem Margens” Sobre a Obra Escultórica da sua autoria patente nas estações de Campolide , Pragal , Corroios , Foros de Amora , Fogueteiro , Coina , Penalva , Venda do alcaide e Palmelas-A , diz Francisco Simões : “O tema não existia, era livre e eu fiz uma proposta que ia no seguinte sentido: um ponto de encontro subentende um lugar onde alguém espera por alguém e de acordo com uma relação muito intensa que eu mantive com o David Mourão-Ferreira, e a partir de um título que deu a uma escultura minha, “Esperando na Margem”, entendi tomar esse sentido como temática. (…) As minhas esculturas enquanto pontos de encontro são uma companhia para quem espera: quem espera não espera só ou, pelo menos, se houve a frustração de um desencontro houve pelo menos o encontro com uma obra de arte.” Entrevista a Francisco Simões por Francisco Vaz Fernandes , in “Sem Margens” Obras de Arte Sobre a Obra Escultórica da sua autoria patente nas estações de Campolide , Pragal , Corroios , Foros de Amora , Fogueteiro , Coina , Penalva , Palmela-A e Venda do Alcaide , diz Charters de Almeida : “O viajante tem uma atitude cinética em relação aos trabalhos: ele pode imaginar que, com os mesmos elementos, se podem construir cidades imaginárias sempre diferentes, que é o que encontramos na realidade. Ou seja, o vocabulário das cidades é sempre o mesmo: a forma como é usado é que faz a diferença. (…) O arquiteto definiu para as estações um alfabeto arquitetónico comum a todas elas. Isso dava-me um elemento comum de meditação. Mas encontrava as assimetrias e as particularidades de estação para estação no lado exterior destas. A lógica assenta no estudo do espaço exterior, chegando a uma ordem e a uma organização que estabelece o movimento das minhas cidades imaginárias.” Entrevista a Charters de Almeida por Francisco Vaz Fernandes , in “Sem Margens” 26
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