Rotas dos Azulejos - Travessia Ferroviária Norte-Sul
Sobre a obra de Fernando Conduto : “Já produziu uma obra extensa e qualificada no domínio da articulação da escultura com a arquitetura. Como considera a importância deste aspeto? Tem a importância dos problemas que me são colocados, das limitações que por vezes me são impostas, diferentes das que eu próprio ponho no trabalho do meu atelier, em que sou eu quem coloca as questões e não tenho quaisquer constrangimentos para encontrar a resposta, a não ser os que decorrem dos níveis de exigência da coerência do meu trabalho. Os signos que contêm as suas esculturas possuem mais uma dimensão urbana e territorial do que peças decorativas. É problema de escala? Não me incluo nas artes decorativas, pelas quais historicamente tenho o maior apreço. O meu trabalho público é condicionado pelo espaço onde vai ser integrado e, por vezes, pelas limitações de escala, para proporcionar acolhimentos mais adequados para o local. É sempre a continuação do meu trabalho ainda por revelar, com as adaptações às questões que me foram colocadas.” Entrevista de Afonso Dias e Rui Barreiros Duarte a Fernando Conduto , in “Fernando Conduto” Este artista tem obra patente na estação de Roma-Areeiro . Sobre a Obra Escultórica da sua autoria patente na estação de Entrecampos , diz José Manuel Santa-Bárbara : “o meu projeto era construir alguma coisa que não destruísse a obra que o arquiteto Carlos Roxo tinha projetado para o local e que, por outro lado, também não fosse engolida pela volumetria existente. (…) É uma intervenção cinética, que funciona com o passo do público que circula. Penso que tem presença, que o público se apercebe dela, dado que é uma obra que está sempre diferente, que se transforma com as diferenças de luz.” Entrevista a José Manuel Santa-Bárbara por Francisco Vaz Fernandes , in “Sem margens” Sobre a Obra Azulejar da sua autoria patente na estação de Entrecampos , escreve Luís Ralha : “Optei pela escolha de um material muito leve, de fácil aplicação e que não sobrecarregasse a estrutura de base. Escolhi alumínio perfurado porque, para além de ser um material leve, entrava em coerência com a base, que é de metal distendido, usado na estrutura da própria arquitetura. Neste sentido, os materiais aplicados nessa estrutura metálica surgiam de uma forma muito natural, como se se tratasse de uma extensão da estrutura arquitetónica. Entrevista a Luís Ralha por Francisco Vaz Fernandes , in “Sem Margens” Obras de Arte 25
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