Modernização da Linha da Beira Alta - “Os custos de transporte de mercadorias reduzirão 30%”

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A declaração é do vice-presidente da Infraestruturas de Portugal, Carlos Fernandes, no encerramento do Seminário “Modernização da Linha da Beira Alta”, que decorreu no dia 4 de maio na Biblioteca Municipal Dr. Alexandre Alves, em Mangualde.

Decorreu no dia 4 de maio na Biblioteca Municipal Dr. Alexandre Alves, em Mangualde, o Seminário “Modernização da Linha da Beira Alta”. Uma organização conjunta da Infraestruturas de Portugal (IP) e da CP – Comboios de Portugal, que teve como objetivo promover o esclarecimento e debate público sobre o âmbito e objetivos do investimento de cerca de 500 milhões de euros que a IP está a executar através do programa de requalificação e expansão da rede ferroviária nacional - Ferrovia2020. 

Marco Pessoa de Almeida, presidente da C.M. de Mangualde, um dos municípios servido diretamente pela Linha da Beira Alta, abriu o evento com uma mensagem de boas-vindas. Ainda na sessão de abertura, o Secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Santos Mendes, considerou que a Linha da Beira Alta é, neste momento, “uma espécie de microcosmo do que se passa na rede ferroviária nacional”, dando nota de que “85% do investimento do Ferrovia 2020 já está concluído ou em fase de empreitada”. 

Para o governante, com diversas empreitadas a decorrer em praticamente em toda a extensão da Linha, “a sua concretização permitirá uma maior eficiência e segurança, “garantida através da instalação do sistema de sinalização ETCS”. 

Hugo Santos Mendes salientou ainda a grande relevância do Seminário devido à participação dos vários stakeholders, “sendo importante aferir a opinião de todos e, com isso, conseguir-se olhar a mobilidade do país de forma integrada, coordenando não apenas ferrovia e rodovia, mas também o setor portuário”, finalizou.

O diretor de Empreendimentos da IP, José Carlos Clemente, explicou detalhadamente os trabalhos que estão a decorrer e já executadas entre Pampilhosa e Vilar Formoso, que inclui a construção de uma nova via direta entre a Linha do Norte e a Linha da Beira Alta (LBA), que encurtará, termos de tempos e trajeto, a ligação dos comboios vindos do norte às regiões servidas diretamente pela LBA e no acesso, através da fronteira em Vilar Formosos, a Espanha e resto da Europa.

Durante o Seminário, a sessão de debate contou com as participações do presidente da Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, Nuno Araújo, o diretor executivo da Associação Portuguesa de Empresas Ferroviárias, Miguel Rebelo Sousa, o diretor executivo da Associação dos Transitários de Portugal, António Nabo Martins e o Diretor de Produção Centro da CP-Comboios de Portugal, Hermenegildo Rico.

O consultor coordenador da unidade técnica de Prospetiva e Planeamento da PlanAPP, Francisco Furtado, abordou a temática da Linha da Beira Alta no contexto do Corredor Atlântico.


"A MODERNIZAÇÃO DA INFRAESTRUTURA PERMITIRÁ UMA REDUÇÃO ESTIMADA DE 25 A 30 MINUTOS"


No encerramento do evento, o vice-presidente da CP, Pedro Moreira, salientou “as melhorias na prestação do serviço de transporte de passageiros que serão possíveis após a modernização da infraestrutura, que permitirá uma redução estimada em 25 a 30 minutos nos tempos de viagem”. 

Carlos Fernandes, vice-presidente da IP destacou a elevada importância que a Linha da Beira Alta tem na Rede Ferroviária Nacional, “constituindo-se como um fator promotor da coesão territorial, da competitividade da economia nacional e mobilidade das pessoas”. O responsável da IP deu nota dos vários benefícios deste investimento, entre os quais “a redução dos custos de transporte em cerca de 30%, o que vai melhorar substancialmente de competitividade”. 

A concretização dos investimentos na Linha da Beira Alta irá garantir benefícios ao nível das condições de disponibilidade, operação e segurança ferroviária, uma diminuição dos custos de manutenção e dos encargos para os operadores do transporte ferroviário, passageiros e mercadorias, a redução dos tempos de trajeto.

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